Hoje será o início da fanfiction "21 Tons de Zeivanês Mary". Toda semana teremos um novo capítulo escrito por mim através de idéias dos comentários de vocês. Essa fanfic foi inspirada em animes e envolve aventura, magia e muita coisa que vai além da imaginação. Não teremos um tema específico como romance, terror, suspense etc, tudo vai correr conforme as ideias de vocês Kélovers.
21 de Abril de 1968 • 15:30 PM
Zeiva está em sala aguardando o término de sua aula de Matemática.
- Ultimamente as ruas estão perigosas. Vocês estão liberados mas tenham cuidado ao voltar para casa. Avisa o professor preocupado com seus alunos.
Zeiva continua sentada em sua mesa escrevendo em seu diário como de costume. Um grupo a sua direita combinava um encontro na pizzaria mais próxima da escola para o final da semana, enquanto outro grupo a sua frente se divertia ouvindo música e contando piadas.
Outro grupo conversava sobre o campeonato de vôlei que estava próximo. Debatiam o problema de o time feminino ainda não estar definido. Um grupo de meninas responsáveis pelo campeonato gritaram lá do fundo da sala:
- Ei Zeiva, não queres fazer parte do nosso time?...
- Pare! É difícil se dar bem com ela. Ela não vai querer! Interromperam.
Ela se irrita e sai do ambiente.
"Eu sempre fui uma bela espectadora. No ensino fundamental me chamavam para brincar, mas eu sempre recusava. E sem ter nada para fazer, escrever no meu diário se tornou um hábito para mim. Escrever tudo o que vejo, cada ponto, cada detalhe. Escrever tudo o que vejo pelo ponto de vista de um espectador me conforta." Escreveu em seu diário após sair da sala.
21 de Abril de 1968 • 15:30 PM
Apressada pelo caminho, foi analisando cada detalhe avistado para que quando chegasse em casa, escrevesse tudo o que tinha guardado na mente em seu diário. Apesar de muita coisa para escrever, a situação que tinha passado na escola se sobressaía. Se sentiu excluída socialmente dos grupos escolares. Era apenas uma garota de 16 anos com muitos amigos, embora eles existissem somente em sua imaginação. Todos eles estavam prontos a qualquer momento, bastasse entrar em estado de meditação e chamá-los. Amigos fiéis que nunca a abandonaram.
Fechou os olhos e entrou em seu submundo imaginário. Um campo florido com uma árvore frutífera central, mesas de piquenique recheadas de gostosuras e um balanço no qual gostava de se sentar para pensar e meditar sobre a vida. Logo encontra Ísis, ela era uma espécie de deusa daquele lugar, como se fosse a administradora do submundo imaginário que criara. Tudo era organizado e a hierarquia era crucialmente respeitada naquele 'lugar'. Ísis geralmente dava conselhos a Zeiva. Ela esteve presente em sua primeira menstruação, no seu primeiro beijo e a cada passo importante ou não que seguia na vida. Zeiva confiava todos os seus pensamentos e segredos a Ísis, a confiança que até aquele momento não pôde ter pelos pais. A conversa foi iniciada por Ísis, dizia que a Terra sofreria algum tipo de impacto.
- Espero que não esteja se referindo a guerras ou coisas assim por 'impacto'. Disse Zeiva que de alguma forma acreditava que Ísis tinha poderes além de seu pequeno mundo imaginário.
- Não diga besteiras, dessa vez se tratará de algo bem interessante, um jogo. Disse Ísis interrompendo a fala.
Ela mal podia ouvir falar em jogo, se lembrava instantaneamente do constrangimento que havia passado pouco antes na escola. Zeiva estava confusa, fingiu entender mas na verdade não entendeu foi é nada do que Ísis queria dizer.
- Você será uma das escolhidas para esse jogo, Zeiva. Você está preparada? Porque se não tiver irá do mesmo jeito, então se vire e vá se aprontar.
Ísis nunca havia falado com ela daquela maneira. Zeiva ficou assustadíssima e não sabia como reagir. Pegou seu diário e quando viu havia coisas escritas na capa interna que ela não se lembrava de ter escrito.
Como continua? Deixa o seu palpite e suas idéias abaixo nos comentários.